A realidade é tão real quanto observar um fractal por um caleidoscópio.

A Espécie Fabuladora

Olá, jovens aprendizes padawan. O assunto de hoje é Poiesis.

Desde muito antes de nossa evolução atual, o homem se comunicava de modo pictórico. Toda sua religião, mitologia, costumes, e sociedade, era (e ainda é) baseada em mitos. Arquétipos que tomam forma segundo a personalidade de cada povo (sim, personalidade. O povo também tem uma espécie de alma coletiva-individual). A capacidade poietyka ou poética, é a capacidade criativa de cada indivíduo, comunidade, ou todo um povo. TUDO, absolutamente tudo no Universo tem como motor a vontade de criar e de evoluir para criar melhor. O modo atual de criação que nós possuímos é de moldar de acordo com nossa vontade os materiais da natureza com nossa tecnologia. Mas há maneiras mais fáceis de produzir uma criação.

O desenho deve ter sido a primeira forma de arte/ritual/arquivo. Pinturas rupestres encontradas em cavernas em toda a parte do mundo representam a forma como os homens daquela época viviam, caçavam, mantinham relações entre os seus, etc. Com o passar do tempo, o desenho adquiriu uma conotação poética. Alguns daqueles homens começaram a criar histórias, criar deuses a partir de sua imaginação. Nesta época, os arquétipos, de certo modo começaram a aflorar de uma forma mais clara. E o homem começou a trabalhar melhor os símbolos.

Vamos imaginar agora uma criança. Você teve um filho, com alguns meses de idade ele já esboça alguns fonemas e com mais ou menos um ano de idade já solta algumas sílabas engraçadas. Digamos que com o tempo, ele comece a falar algumas palavras. Você está brincando com seu filho e de repente ele solta um ca%&#@o. Obviamente se você for bem-humorado vai achar engraçado e não vai lavar a boca do seu filho com sabão. Num dado momento, quando uma visita chega em casa seu filho vai e solta o dito palavrão de novo. Bom, dessa vez você não vai rir. E seu filho vai achar super engraçado…

Bom, pois é. Isso aconteceu pois a criança da história (sinta-se pai ou mãe agora. hihi) apenas imitava algo que ouvia. A partir do momento que ela começar a “errar” algumas palavras. Tenha certeza que foi aí que ela realmente começou a ter uma poiesis. Ou seja, começou a trabalhar sua própria criação.

Voltando aos nossos ancestrais, vimos que em dada época, quando começaram a trabalhar estes símbolos, surgiu a escrita e a matemática. Ainda que muito ligadas ao modo anterior pictórico de pensar, era um grandessíssimo avanço em relação à imitação do que se via. Pois aí há uma criação. Com o tempo este modo criativo evoluiu para o que é hoje, muito mais exigente e preciso como as mãos de um cirurgião (não os caras que trabalham de má vontade rsrsrs).

Basicamente o processo criativo acontece seguindo esta lógica: a ideia é organizada pelo arquétipo e imbuída de motivo/emoção e em seguida se dá “vida” a ideia quando ela é arquitetada no cérebro (que fez tudo isso com a ignição de um símbolo, seja interno ou externo) e depois a criação propriamente dita…

O que isso lembra? Ah, é verdade… Magia.

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